Progressos em Abril, parte 1

Durante os últimos dias não tive muito sucesso em minhas pesquisas. Um nome, mas sem conexão com minha árvore genealógica ainda.

Pedi para minha mãe escrever suas memórias sobre sua família e me enviar. Ela ligou também para o meu pai e pediu que ele fizesse o mesmo. Assim poderei saber um pouco mais sobre eles, sua infância, seus familiares, suas lembranças e experiências. Valem mais que ouro!

Duas coisas inusitadas aconteceram e me deixaram bem feliz: meu meio-irmão me adicionou ao Facebook e minha mãe (meu braço direito e esquerdo em terra brasilis) encontrou o autor do livro Feitosas: genealogia, histórias e biografias, do Prof. Dr. Aécio Feitosa, em Fortaleza. Eu consegui o telefone dele num post antigo do Orkut e foi assim que consegui uma cópia do livro. Ainda não o possuo em mãos, mas em breve minha mãe estará vindo visitar e o trará para mim.

Meu irmão Carlos César está com 20 anos. Um homem. E tão pouco sei sobre ele! Mas sei que ele ama nosso pai, assim como sei que ele também o ama. E sou grata por saber desse amor. A última vez que vi meu irmão foi há 5 anos e meio, antes de minha partida para os Estados Unidos.

Meu coração dói ao pensar na lacuna que há entre nós. Somos irmãos e sabemos tão pouco um sobre o outro. Tenho minha parcela de culpa, por não ter me esforçado mais para termos contato. Mas nunca é tarde, não é mesmo?

Minha busca continua. E se você aí puder me ajudar, ficarei imensamente grata!

Meu tataravô.

Nascido acerca de 1843, José dos Santos Feitosa era casado com Porfíria Maria da Conceição e agricultor.

Ao encontrar sua certidão de óbito, meu coração encheu-se de alegria! Era como se estivesse encontrando-o pessoalmente!

José faleceu em sua residência em Riacho dos Cavalos, que era parte do município de Bela Vista, hoje Serra Talhada. Não sei ao certo se era uma fazenda ou um bairro, já que a cidade de Riacho dos Cavalos fica no estado da Paraíba. Sua certidão de óbito informa que ele morreu de inflamação, mas não especifica o tipo. 

Porfíria e José tiveram dezessete filhos. Isso mesmo, 1-7! O mais impressionante é que aos 73 anos, quando José faleceu, eles tinham um menino (Augusto) com cinco anos de idade. Isso significa que ele foi pai novamente em torno dos 68 anos de idade. 

Seus pais eram Miguel Alves Feitosa e Eufrásia Maria da Conceição.

Qual o propósito?

Quem são os Feitosa? Quem foi meu avô? Meu bisavô? Quem é meu pai?

Por muitas vezes me perguntei qual era o meu propósito em fazer a genealogia de meu pai. E depois de muito pensar e repensar, a resposta é RECONECTAR. 

Por não ter tido muito contato com minha família paterna (os dos Santos Feitosa-Alves Bezerra-Matildes dos Santos-Ferreira Lima), uma lacuna ficou em minha vida. Eu sei muito sobre a família materna, conheço muitas histórias e lendas, reconheço os meus traços neles. Mas eu sei que há em mim um outro sangue, um outro lado de mim que não sei bem de onde veio.

"Para voltar o coração dos filhos para os pais e dos pais para os filhos" (D&C 110:15; Malaquias 4:6).

Muito mais do que tentar entender suas atitudes, quero me reconhecer nelas. Quero poder me ligar a eles.

Quero poder contar para o meu filho as histórias de seu povo, muito mais detalhada do que a história de meu país. Quero a história de meus pais e qual a conexão deles com a história do mundo.

Primeiros Passos

Para falar de história da família, preciso começar a contar a minha própria história.
Meu nome é Anna Angélica Lima Feitosa (Burns). Nasci a 10 de fevereiro de 1982, na Casa de Saúde, em Feira de Santana - Bahia. Meu pai é Carlos Alberto Feitosa, filho de José dos Santos Feitosa e Maria Dulce de Lima. Meu pai nasceu em Serra Talhada - PE. Teve outros três irmãos mais velhos: Iolanda de Lima Santos, Maria Ieda de Lima Santos e Geraldo de Lima Santos. Minha mãe é Maria José Sousa Lima, filha de José Lima Neto e Edite Sousa Rios Prima, nascida em Serrolândia - BA. Ela é a mais velha de oito filhos, porém só seis ainda estão vivos.
Meus pais moravam em Brasília e foi lá que fui criada. Minha mãe decidiu ter seus filhos em Feira de Santana pois minha avó materna era enfermeira no hospital e poderia assim cuidar dela. Meus pais perderam seu filho primogênito por negligência médica e complicações após o parto. José Carlos Alexandre Lima Feitosa faleceu aos 3 meses de nascido. Tenho outros três irmãos: Júlio César, filho mais velho do casamento de meus pais; Karina, minha irmã do coração e Carlos César, fruto do segundo casamento de meu pai.
Vivi em Brasília praticamente durante toda minha vida. Moramos em Goiânia por quatro anos, morei nos Estados Unidos por um ano durante minha adolescência, em João Pessoa por 3 anos e hoje moro em Las Vegas.
Meus pais se separaram quando eu tinha apenas 2 anos de idade. Tenho poucas lembranças de meu pai e sua família (talvez aí a curiosidade em fazer a genealogia da família Feitosa). Ele não foi muito presente e as poucas lembranças estão se esvaindo com o tempo.
Meu avô paterno era conhecido como Zé Santo. Ele era agricultor e criador de gado. Faleceu quando eu ainda era bem pequena, mas guardo um carinho por ele pelos poucos, porém marcantes, momentos juntos. Ele tinha deficiência auditiva. Não sei ao certo se pela idade ou se ele nasceu assim. Faleceu de infarto, em casa.
Minha avó paterna, D. Dulce, era uma mulher forte e determinada. Possuía eximio talento culinário. Minha sobremesa preferida ainda é a Maravilha de Abacaxi que ela fazia. Infelizmente não tive a oportunidade de comer muitas vezes, já que meu contato com a família foi pouco.
Meu pai é advogado e ainda mora em Brasília. Não temos contato. Não porque eu não goste dele ou porque tivemos alguma briga ou algo extremo do gênero. Mas quando só um procura e só um quer um relacionamento e o outro ignora, esse "um" acaba virando zero.
É difícil falar dele. Ainda é. E talvez seja assim para sempre. É uma cicatriz calosa, que de vez em quando incomoda e as vezes dói. "Ele foi meu herói, meu bandido", como diz a música. Mas vamos deixar pra falar do meu pai em outro post?
Minha mãe mora hoje em João Pessoa, na Paraíba. Ela é a melhor mãe do mundo! Tudo bem que todo mundo acha isso da própria mãe, mas a minha é mesmo. Todo mundo gosta dela! E todo mundo admira a minha mãe. Basta saber um pouquinho da história dela e você também vai considera-la uma heroína. (Assunto para outro post também!)
Aposentada pelo Superior Tribunal de Justiça, ela nos criou sozinha com a ajuda de sua família. Meus tios e tias estavam sempre por perto, com suas respectivas famílias. Nós e os primos fomos criados como irmãos.
Mudei-me para os Estados Unidos há 5 anos, após 7 meses de namoro a distância. Scott e eu nos casamos em 13 de fevereiro de 2010, em Alpine - UT. Mudamos para Las Vegas há quase 2 anos, quando ele foi transferido a trabalho. Há quase um ano e meio demos as boas vindas ao nosso primogênito, Samuel Ralph, que é a luz e alegria da minha vida.
Se você estiver lendo este post e souber onde posso encontrar mais informações sobre a família Feitosa, de Serra Talhada, por favor entre em contato comigo. A história da minha família agradece.